domingo, 7 de setembro de 2008

Essa manhã quase não consegui acordar de um sonho terrível. E quando acordei não era eu. Era eu e tudo misturado. As palavras, os pensamentos, as cores, lembranças. Coração, estômago, cabeça, tudo de cabeça pra baixo, tudo revirado. Que sensação mais esquisita! Parece que eu to do avesso. Mas ainda assim não dá pra enxergar direito o que que tem aqui dentro. Ou o que não tem. Se bem que o fora e o dentro também tão misturados. Não sei se dói mais o que vem de fora ou de dentro. Também não sei se sei a diferença entre os dois. É que tá tudo tão confuso. Eu preciso de alguma coisa que eu não sei o que é, mas eu preciso. Eu preciso de certeza. Preciso poder querer. Preciso querer poder. Preciso querer e poder. Preciso de tato, de concreto, do que é real ou que a realidade pertença. Fragmentos, tudo o que eu tenho são fragmentos. Que se perdem aos poucos. Que me perdem aos poucos. Me perco aos poucos, muitos, rápido e sem dor. Até ficar tudo vazio. Oco. No universo tão vazio quanto.

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